O prazo para concluir a escavação é até o fim de 2014. Já a estação ficará pronta em dois anos. Além disso, toda a linha será subterrânea, por isso não haverá maiores interferências nas vias ou prejuízos para as ciclovias





O canteiro de obras da Estação Edson Queiroz da Linha Leste do Metrô de Fortaleza já começou a ser aberto. O ponto, localizado no cruzamento das avenidas Washington Soares e Dr. Valmir Pontes, sofre, neste momento, algumas intervenções para receber as tuneladoras que irão escavar o túnel para passagem do trem até o Papicu.



O prazo para concluir a escavação é até o fim de 2014. Já a estação ficará pronta em dois anos, de acordo com o engenheiro da Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), Wilson Falcão, que esteve ontem no local da intervenção para acompanhar os primeiros passos do trabalho.



Ainda sem sinalização por placas indicando a intervenção, as primeiras providências em andamento para que possam ser iniciadas as obras da estação que representa o fim da Linha Leste são o desvio da ciclovia para uma das laterais, a colocação de tapumes (muros de pré-moldado) e as indicações dos locais que serão perfurados. Os chamados "tatuzões" serão levados para o trecho daqui a cerca de dois ou três meses.



De lá, começarão a cavar e quando chegarem ao Papicu serão retirados. É lá que as quatro tuneladoras (duas do Centro e duas do Edson Queiroz) se encontrarão. Outro poço está sendo construído no Centro, ao lado da Estação Xico da Silva, para que mais duas máquinas funcionem. Isso deve acontecer em um ou dois meses. As estações serão montadas a medida em que os "tatuzões" forem passando, segundo Falcão. "Em algum momento, teremos dois ou três locais de embarque e desembarque sendo montados ao mesmo tempo", comenta.





Escavação



Intervenções já começaram a ser feitas também no Colégio Militar, na Avenida Santos Dumont, que receberá outra estação. No momento, nada ainda foi perfurado ou construído no local de embarque e desembarque situado na Washington Soares. Porém, contêineres e ciclos de concreto, necessários para a escavação, já foram levados e organizados no último sábado para preparar o ambiente de convivência do canteiro de obras, com escritórios, banheiro e refeitório.



Quanto à ciclovia, não haverá prejuízos aos ciclistas durante ou depois de concluído o projeto. O ciclistas contarão com um desvio da faixa para as bicicletas terem o seu espaço e ao mesmo tempo não atrapalhem a obra, como aponta o engenheiro. Além disso, toda a extensão dessa linha será subterrânea, por isso não haverá maiores interferências nas vias ou prejuízos para as ciclovias.



Subterrânea



Esse trecho do Metrofor será totalmente debaixo da terra para evitar valas a céu aberto, como explica o engenheiro. Somente após a Estação Xico da Silva até o Tirol é que o trem passará na superfície. A Edson Queiroz é uma das 11 estações previstas na Linha Leste. Ela estará situada no eixo da Avenida Washington Soares, entre a Avenida do Contorno e a Avenida Desembargador Floriano Benevides.



As outras paradas do trecho leste do Metrofor são Estação da Sé, Colégio Militar, Luiza Távora, Nunes Valente, Leonardo Mota, Papicu, HGF, Cidade 2000, Bárbara de Alencar, Centro de Eventos do Ceará (CEC) e Edson Queiroz. Além dessas, haverá integração com as linhas Oeste e Sul na Estação Central Xico da Silva, totalizando 12 estações.



Serão 12,4 Km de extensão. A linha será operada com trens elétricos que transportarão cerca de 300 mil pessoas diariamente quando integrado com os demais modais de transporte. Conforme o engenheiro da Seinfra, a previsão é finalizar toda Linha Leste em cinco anos. "As obras foram iniciadas em novembro de 2013. Temos até novembro de 2018 para terminar tudo", esclarece Falcão.

 

Para esse projeto serão investidos cerca de R$ 2,3 bilhões. O grupo vencedor da licitação é formado pelas empresas Cetenco Engenharia e Acciona Infraestructuras. Eles foram autorizado para a realização das intervenções civis da linha com a proposta de R$2.259.223.588,10.



O empreendimento receberá recursos do Programa "Mobilidade Grandes Cidades", do Governo Federal, do Orçamento Geral da União e financiamento do BNDES. A contra-partida do Governo do Estado do Ceará é de pouco mais de R$ 1 bilhão (R$1,034).





Segundo a Seinfra (Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará), os recursos estaduais serão usados para a Parceria Público Privada, que contemplará o material rodante e a operação dos quatro sistemas metroviários de Fortaleza. A verba estadual também será usada para projetos, administração de obra, desapropriações e remoção de interferências.